Portal Saúde - Conectando você com os Profissionais da Saúde

Saúde 14 de dezembro de 2021 Jose Carlos Morais Magalhães

Dezembro Laranja- Campanha do Câncer da Pele

A campanha batizada de Dezembro Laranja, acontece justamente no mês em que se inicia o verão, ela foi criada em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, com o objetivo de alertar, informar e conscientizar à população sobre os riscos dos tumores cutâneos. A ação faz parte da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele que desde 1999 já beneficiou mais de 600 mil pessoas coma atendimentos gratuitos.

Dezembro Laranja- Campanha do Câncer da Pele
  • Compartilhe esse Post
  • Compartilhar no Facebook00
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no WhatsApp
  • Compartilhar no WhatsApp

O câncer de pele é o tipo mais comum no mundo

Em um país tropical como o Brasil o quadro não é diferente. Os cânceres de pele correspondem à 33% de todos os diagnósticos desta doença, O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. O mais importante fator relacionado ao seu surgimento é o efeito cumulativo dos raios solares, principalmente nos adultos e idosos que tiveram exposição prolongada e repetida ao sol, sem proteção adequada, bem como nas pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros (fototipos I e II), com muitas pintas, e ainda com história de queimaduras solares na infância e adolescência ou história familiar de câncer de pele.

 Os tipos mais comuns são os cânceres da pele não melanoma

Correspondem à 97% dos casos, têm letalidade baixa, com altas chances de cura e costumam aparecer nas áreas mais expostas ao sol, como rosto, cabeça, pescoço, nariz, lábios e dorso das mãos. São exemplos os carcinomas basocelulares e os espinocelulares que aparecem como uma mancha ou lesão elevada e brilhante, de cor variável do vermelho ao castanho que pode ter úlcera ou crosta central que por vezes coça e/ou sangra facilmente ou não cicatriza por mais de 30 dias.

Melanoma: mais raro e letal que os carcinomas

Um dos tipos mais agressivos de todos os tumores malignos. Costuma acometer mais jovens, entre 30 à 40 anos, surgindo por meio de uma pinta ou um sinal em tons acastanhados, que com o tempo altera de cor, textura ou tamanho com bordas irregulares, ele têm disseminação rápida para outros órgãos e possui além da exposição solar o histórico familiar como grande fator de risco.

Diagnóstico e tratamento precoce

O ideal para todos os tipos de cânceres de pele é o diagnóstico e tratamento precoce, inclusive dos de baixa letalidade visto que as lesões mutilantes ou desfigurantes a depender da localização. Felizmente, há diversas opções terapêuticas para os cânceres não melanoma e a modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, são resolvidos com procedimentos simples como cirurgia excisional, eletrocirurgia com curetagem, criocirurgia, cirurgia à laser e terapia fotodinâmica (PDT) e nos casos mais complexos com a Cirurgia Micrográfica de Mohs.  Já o melanoma sempre é tratado com a cirurgia de remoção da lesão e nos casos avançados ou metastáticos temos a quimioterapia, terapia alvo e/ou imunoterapia com bons resultados e melhora da expectativa e qualidade de vida. 

Nossa grande aliada

Assim diante do exposto observamos ser a PREVENÇÃO nosso grande aliado. As melhores estratégias contra tumores cutâneos são proteger a pele dos efeitos da radiação UV, principalmente entre 10h e 16h, mesmo quando se estiver na sombra ou se o dia estiver frio ou nublado, pois a radiação UV atravessa as nuvens. Quem tem tatuagem deve redobrar os cuidados, pois as tintas escuras usadas nas imagens podem encobrir possíveis tumores.

A proteção adequada deve ser feita com métodos de barreira como: bonés ou chapéus de abas largas (7cm), óculos escuros, roupas de manga e calça comprida e/ou com proteção solar, e com o uso de filtro solar sempre ao se expor ao sol, ele deve ser reaplicado a cada duas horas, ou se houver transpiração excessiva ou mergulho em água (mesmo os filtros solares “a prova d’água”. O fotoprotetor ideal deve ter amplo espectro, ou seja, ter boa absorção dos UVB (medido pelo FPS que deve ser no mínimo 30) e raios UVA (medido pelo PPD, que deve ser metade do FPS). É necessário aplicar uma boa quantidade do produto, equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto e três colheres de sopa para o corpo, uniformemente, de modo a não deixar nenhuma área desprotegida.

 Seu corpo dá SINAIS!

Também faz parte da prevenção não esquecer de observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas. Além de consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, já que alguns tumores podem passar despercebidos em olhos não treinados e para a realização de um exame completo, já que existem regiões do corpo em que a pessoa sozinha não consegue visualizar. Além do mais alimente-se bem, hidrate-se, faça exercícios físicos!

 Seu corpo dá SINAIS! O câncer de pele tem cura quando seu diagnóstico é precoce.

 

Dezembro Laranja- Campanha do Câncer da Pele

Dra. Diana Mendes da Fonseca
Dermatologista
CRM/MA - 9398 / RQE - 2912
Jose Carlos Morais Magalhães
Artigo publicado por

Jose Carlos Morais Magalhães

Deixe um comentário